O Nautilus


desenho do Nautilus
desenho do Nautilus

Nautilus (vem do grego -“marinheiro”) são cephalopodes (cabeça com pés) marinhos arcaicos que foram muito abundantes no período Paleozóico, existindo ainda um gênero vivo que vive no sudoeste do Oceano Pacífico. Seus pés são modificados para tentáculos, apresentam concha externa ao corpo. Têm uma cabeça dotada de olhos bem desenvolvidos com braços preênsis (que podem segurar).

Nautilus com a concha quase fechada
Nautilus com a concha quase fechada
Nautilus com os tentáculos aparentes
Nautilus com os tentáculos aparentes

 

 

Nautilus com a concha vazia
Nautilus com a concha vazia
Nautilus navegando
Nautilus navegando

São nectópodes (da família dos moluscos, que têm só uma barbatana no abdómen são animais que tem os pés achatados e membranosos, próprios para nadar), tendo uma concha formada por uma série de câmaras separadas por paredes divisórias (tabiques), que se comunica por orifícios sifonais, (extensão tubular da abertura da concha, para suporte do sifão). O Nautilus ocupa a última câmara e as outras, cheias de ar, fazem de o papel de flutuadores.

Nautilus acasalando
Nautilus acasalando

O nome Nautilus originalmente se referia aos polvos pelágicos (de mar aberto) do gênero Argonauta, também conhecido como “Paper Nautiluses”, os povos antigos acreditavam que esses animais utilizavam os braços expandindo-os como velas. Uma curiosidade sobre essa família de animais é que eles se reproduzem apenas uma vez na vida e logo após a reprodução eles morrem.

Os Nautilus, assim como os outros animais dessa família, são moluscos marinhos que apresentam simetria lateral. São animais bastante lentos. Seu corpo pode modificar de cor para camuflagem. As fêmeas fabricam sua concha de calcária branca, para abrigar seu corpo.

Seu corpo pode modificar de cor para camuflagem.
Seu corpo pode modificar de cor para camuflagem.

O Nautilus é um dos seres vivos que apresenta a razão áurea em seu corpo, desenvolvido em forma de Espiral logarítmica?

A espiral de Fibonacci e o Nautilus

Depois de pesquisar sobre o Nautilus me deparei com um pormenor importante que me despertou a curiosidade para o complemento e perfeito para ilustrar essa postagem era  a espiral áurea!Li que a ligação entre a natureza e a ciência se explicava melhor com a imagem sobreposta da concha do Natilus e a espiral áurea. Procurei mais imagens e me deparei com o trabalho da escritora e engenheira de softwares Akkana Peck que discordava veementemente desta afirmação publicada nos livros e tão agraciada pela internet.

Resolvi então complementar esta postagem com o trabalho proposto por ela, que me convenceu a não acreditar em tudo que se lê na internet, sem confrontar e checar suas fontes!!!

corte transversal na concha do Nautilus
corte transversal na concha do Nautilus

A espiral de Fibonacci e o Nautilus – por de Akkana Peck

espiral áurea de Fibonacci
espiral áurea de Fibonacci

“Eu tenho trabalhado em um breve discurso sobre os números da espiral de Fibonacci para a classe de um amigo professor de matemática.”

“Quando eu estava no colégio, eu fiz um projeto de pesquisa sobre os números da espiral de Fibonacci (a sua utilização no planejamento do crescimento de estações de energia em uma cidade) e por um tempo eu tive que explicar o projeto sem parar, então eu pensei e me lembrei alguns tipos de recursos visuais que eu precisaria – algumas pinhas, pétalas de flores, algumas plantas, a proporção áurea dos gráficos e da espiral áurea de Fibonacci, alguns efeitos visuais agradáveis ​​de maravilhas naturais como as câmaras do Nautilus e como tudo se encaixa com a espiral áurea de Fibonacci.”

“Eu coletei algumas pinhas, tirei algumas fotos e fiz alguns slides, então era hora de começar a trabalhar nas espirais douradas. Eu montei no GIMP (programa de edição de imagens de código aberto), um script para gerar uma espiral de Fibonacci e um conjunto de caixas, depois fui à procura de uma imagem da câmara do Nautilus em que eu poderia sobrepor a espiral e encontrei uma muito boa feita por Chris 73 no Wikipedia. Eu colei a imagem no GIMP e a espiral dourada em cima dela, ativado a ferramenta Scale (Keep Aspect Ratio) e começou a escala.”

“E eu não pude combiná-los!” diz Akkana Peck

espiral áurea e a concha do Nautilus
espiral áurea e a concha do Nautilus

“Não importa como eu tenha escalado ou demonstrado a espiral, ela simplesmente não se expande na mesma taxa que a concha.”

“Então eu procurei no Google Images e tentei algumas imagens diferentes do Nautilus – com exatamente o mesmo resultado. Eu não poderia dar início a minha espiral de Fibonacci para só me aproximar do resultado!”

“No artigo da Science News Intitulado “Espirais da concha do mar” diz que eu não sou a única. Em 1999, o matemático aposentado Clemente Falbo, medindo uma série de conchas de Nautilus na Califórnia na Academia de Ciências de San Francisco, chegou a esta mesma conclusão. Em 2002, John Sharp notou o mesmo problema, como o artigo que o Science News aponta.”

“No entanto, muitos ainda insistem que uma secção transversal da cocha do Nautilus mostra o padrão de crescimento das câmaras governadas pelo segmento áureo.”

“Sem brincadeira! Pesquise você no Google sobre o espiral áurea de Fibonacci e Nautilus e terá uma batelada de páginas usando a  concha do Nautilus como a ilustração do segmento áureo de Fibonacci na natureza. Não é só na web, embora eu tenha lido sobre Fibonacci e Nautilus como exemplos em alguns livros e revistas nas últimas décadas. Todos esses escritores simplesmente passaram o que leram em outros lugares… Assim como eu fiz durante todos esses anos, nunca medi realmente uma concha de Nautilus ou tentei marcar a espiral áurea em uma dessas conchas.”

“Agora faça uma pesquisa de imagens do Google para os mesmos termos e você vai ter muitas fotos bonitas de cortes tranversais das conchas do Nautilus. Além disso, você terá muito poucas fotos de espirais de Fibonacci; mas nenhuma dessas belas imagens terá realmente tanto o Nautilus e a espiral na mesma imagem e agora eu sei porque!”

“Porque elas não combinam!” diz Akkana Peck.

(Esse pode ser um assunto muito melhor para o meu texto do que a ilustração do Nautilus que eu originalmente havia planejado. “Não acredite em tudo que lê!!!” É sempre uma boa lição para estudantes do ensino médio… E é mais relevante para nós adultos também).

fonte: http://www.shallowsky.com/blog/science/fibonautilus.html
Shallowsky.com – site de Akkana Peck, que é engenheira, programadora de softwares, escritora e vive na área da baía de San Francisco.

 


10 respostas para “O Nautilus”

  1. Gostaria de dizer que cometeram um equivoco os nautilus não morrem após a reprodução, isso ocorre apenas com polvos e lulas de algumas especies. O nautilus alcança a maturidade sexual aos dez anos e podem se reproduzir várias vezes.

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